data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Suba do dólar bate recorde e chega a R$ 4,32
A cotação do dólar abriu em alta nesta sexta-feira e chegou ao patamar inédito de R$ 4,32. Por volta das 12h05min, a moeda subiu 0,8%, a R$ 4,32, nível recorde. O dólar turismo está a R$ 4,49, alta de 0,9%.
O movimento reflete a combinação do corte de juros no Brasil com a melhora da economia americana, o que fortalece o dólar ante o real.
O recorde do dólar, porém, é nominal. Em termos reais, corrigidos pela inflação, a moeda americana ainda está longe de sua máxima de 2002. Se for considerado apenas o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE, o pico de R$ 4 naquele ano, equivale a cerca de R$ 10,80 hoje. Caso também seja levada em conta a inflação americana, o valor corrigido seria cerca de R$ 7,50.
Preço da carne cai e inflação de janeiro desacelera a 0,21%, diz IBGE
Enquanto a economia americana acelera, a inflação brasileira registrou a menor variação para janeiro desde o início do Plano Real, em julho de 1994. Segundo dados do IBGE divulgados nesta sexta, a inflação de janeiro registrou alta de 0,21%, abaixo da expectativa do mercado.
De acordo com Cleber Alessie Machado, operador da Commcor, o movimento cambial desta sessão reflete uma "reação limitada" à inflação, já que o recuo dos preços - que pode gerar redução do diferencial de juros entre Brasil e concorrentes -foi compensado pela sinalização do Banco Central de uma interrupção no seu ciclo de cortes de juros.
- É um movimento global: o dólar sobe lá fora, e, ao mesmo tempo, há uma dinâmica ruim no cenário doméstico para o real. Nosso diferencial de juros é muito ruim em relação a nossos pares, não há fluxo estrangeiro - na verdade, há saídas - e não temos grau de investimento - diz Machado.
Balneários da região seguem próprios para banho
Entre 11h30min e 11h40min desta sexta, o Banco Central ofertou até 13 mil contratos de swap cambial para rolagem do vencimento abril de 2020. A Bolsa brasileira opera em queda de 1%, a 113.980 pontos, alinhada com o exterior negativo pelo temor ao efeito econômico do coronavírus.